O Diário - PR
Diante das incertezas
econômicas que tem rondado o País, com mudanças internacionais que nos
cercam e diante da possibilidade de reflexos no Brasil, um dos pilares
que pode segurar a onda de efeitos negativos é o fortalecimento das
micro e pequenas empresas brasileiras.
Responsável por mais de
60% da movimentação econômica brasileira, o segmento das micro e
pequenas vem mostrando sua importância e pode nesse momento ser o
diferencial para o desempenho do Brasil diante da crise.
Hoje, o programa
Empreendedor Individual, que busca tirar da informalidade os
trabalhadores autônomos, é sucesso quando se trata de adesão da
população e conscientização das comunidades.
Forças conjuntas de
diversas entidades fazem com que hoje tenhamos mais de 1,4 milhão de
manicures, sapateiros e artesãos, entre muitos outros autônomos
cadastrados, garantindo seus direitos junto ao governo brasileiro, como
aposentadoria, salário maternidade e auxílio-doença.
O governo brasileiro já
está ciente desse movimento no setor de micro e pequenas empresas.
Números mais recentes do setor convencem de sua importância e como a
população brasileira está acreditando nessas opções de crescimento.
A aprovação de mudanças
em prol desse segmento econômico é uma grande necessidade e um passo
importante para o crescimento do segmento.
Com a ampliação do teto
de faturamento para as micro e pequenas empresas, assim como para os
empreendedores individuais, é uma abertura para a geração de novos
empregos no País.
As quedas nos números de
desemprego no País se devem, em especial, ao aumento da participação do
segmento na economia. Com maior limite de faturamento, as pequenas
empresas podem traçar planos e metas de crescimento, que
consequentemente incluem necessidade de mais mão de obra e maior
produção.
Além disso, a
possibilidade de exportação é outra porta que se abre para esse setor da
economia. As micro e pequenas empresas são responsáveis pela produção
de uma infinidade de produtos que tem, em muitos casos, produção
exclusiva no Brasil e que aumentam significativamente o potencial de
vendas a mercados como Europa e Ásia.
As mudanças que vem sendo almejadas em prol do segmento têm o objetivo de fortalecer esse setor de grande importância no País.
E essa luta trouxe
resultados importantes, como a sanção da presidente Dilma pela
diminuição de impostos para o os micro empreendedores individuais, em
abril deste ano.
Além disso, está
aguardando votação no Senado o projeto com mudanças na Lei Geral da
Micro e Pequena Empresa, que além de aumentar o teto de faturamento
dessas empresas, também vai permitir que dívidas sejam parceladas,
contribui com a manutenção de muitas empresas nesse projeto de
democratização do direito ao acesso e crescimento verdadeiro no ramo
empresarial e empreendedor no Brasil.
A luta, entretanto, não
cessa com esses bons resultados. Os pequenos empresários brasileiros
ainda têm horizontes a buscar, visando seu fortalecimento diante da
economia mundial.
Entender a importância
das micro e pequenas empresas para o Brasil, tomando medidas de respeito
e incentivo a esse setor, pode ser a âncora de salvação nesses tempos
de crise mundial. Uma economia forte internamente serve de base para
relações externas e isso, além de motivar os inventivos na produção,
garante o futuro do país.
Nações com grandes
reservas e fortes diante de crises têm uma relação consolidada em suas
questões econômicas internas. E é isso que o Brasil deve buscar ao
incentivar a legalização e a criação de pequenas empresas.
Valdir Pietrobon
Presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon), formado em Ciências Contábeis e pós-graduado em Gestão do Negócio de Contabilidade.
Presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon), formado em Ciências Contábeis e pós-graduado em Gestão do Negócio de Contabilidade.
Fonte: Fenacon
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