quinta-feira, 24 de maio de 2012

Trabalhador pode custar quase 3 vezes seu salário em carteira, diz FGV

Este custo considera um contrato com 12 meses de duração, no setor têxtil. Valor refere-se a obrigações, benefícios, burocracia e até a gestão
Por Fabíola Glenia, do G1

O custo do trabalhador pode ser de 2,83 vezes o seu salário em carteira, no caso de vínculo com 12 meses de duração. Esta é a conclusão da pesquisa Custo do Trabalho no Brasil, divulgado nesta quarta-feira (23).
O estudo, feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com financiamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), concluiu que, se um trabalhador ganha R$ 730 bruto, o custo dele é de R$ 2.067,44 para a empresa – aumento de 183%.
De acordo com a pesquisa, este custo resulta não apenas de encargos, mas de um conjunto de obrigações acessórias, benefícios negociados, burocracia e até da gestão do trabalho.
No entanto, este valor pode cair para 2,55 vezes – ou 155% - se o vínculo se estender por cinco anos.
"A combinação entre baixa produtividade média do trabalhador com alto custo da legislação é venenosa para a competitividade das nossas empresas", diz André Portela, professor da FGV.
A pesquisa utilizou como estudo de caso duas empresas do setor têxtil, mas a metodologia utilizada pode ser aproveitada em outras empresas de outros setores, segundo os organizadores.
Os custos, destacam os professores, evidentemente variam dependendo do tipo de empresa e também de trabalhador para o trabalhador, mas os dados servem como média de referência para aferir o custo do trabalhador para a empresa.
Fonte: G1 - g1.globo.com/economia

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