A determinação do governo federal, de combater a inflação a
qualquer custo, desonerando cobrança de impostos federais sobre os produtos que
compõem a cesta básica, mas sem que os Estados façam o mesmo, poderá não surtir
o efeito, o que Brasil precisa é de uma completa e profunda reforma tributária,
desonerando os empresários dos pesados impostos de um modo geral, acabando com
a guerra fiscal entre os Estados e, em definitivo, reduzindo custos das folhas
de salários.
Contudo, como ocorreu na desoneração de outros produtos agora
com a medida anunciada, se não forem reduzidos os impostos estaduais, talvez
surta um pequeno efeito na redução do índice inflacionário. O Governo Federal
precisa promover uma reforma tributária e fiscal, for o caso, temos ai da ideia
do “Imposto Único”.
A proposta do “Imposto Único” prevê a cobrança de 1% de débito e
1% de crédito, em qualquer transação, eliminando todos os outros impostos,
inclusive o de Renda.
Com isso, o Brasil arrecadaria mais sobre todas as transações
comerciais realizadas, sem depender do IR (Impostos de Renda) e o IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados). Mas, para isso, teria que desmobilizar parte
de sua estrutura de fiscais, implantar processo mais confiável e dinâmico.
Com a desoneração dos custos com a folha estatal, reduziria o
chamado “custo Brasil” que atrapalha o desenvolvimento da indústria e
melhoraria e objetivaria os investimentos públicos. A publicação do decreto
entrou em vigor na última semana, mas só produzirá efeitos visíveis nos caixas
nos supermercados e para o consumidor dentro de pelo menos três meses, no
mínimo, ou mais rapidamente se os Estados também seguirem o exemplo do Governo
Federal e fizerem o mesmo.
Fonte: Editorial do Diário de Marília, SP
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