quarta-feira, 13 de março de 2013

Desonerar é bom, mas reforma tributária é necessária


A determinação do governo federal, de combater a inflação a qualquer custo, desonerando cobrança de impostos federais sobre os produtos que compõem a cesta básica, mas sem que os Estados façam o mesmo, poderá não surtir o efeito, o que Brasil precisa é de uma completa e profunda reforma tributária, desonerando os empresários dos pesados impostos de um modo geral, acabando com a guerra fiscal entre os Estados e, em definitivo, reduzindo custos das folhas de salários.
Contudo, como ocorreu na desoneração de outros produtos agora com a medida anunciada, se não forem reduzidos os impostos estaduais, talvez surta um pequeno efeito na redução do índice inflacionário. O Governo Federal precisa promover uma reforma tributária e fiscal, for o caso, temos ai da ideia do “Imposto Único”.
A proposta do “Imposto Único” prevê a cobrança de 1% de débito e 1% de crédito, em qualquer transação, eliminando todos os outros impostos, inclusive o de Renda.
Com isso, o Brasil arrecadaria mais sobre todas as transações comerciais realizadas, sem depender do IR (Impostos de Renda) e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Mas, para isso, teria que desmobilizar parte de sua estrutura de fiscais, implantar processo mais confiável e dinâmico.
Com a desoneração dos custos com a folha estatal, reduziria o chamado “custo Brasil” que atrapalha o desenvolvimento da indústria e melhoraria e objetivaria os investimentos públicos. A publicação do decreto entrou em vigor na última semana, mas só produzirá efeitos visíveis nos caixas nos supermercados e para o consumidor dentro de pelo menos três meses, no mínimo, ou mais rapidamente se os Estados também seguirem o exemplo do Governo Federal e fizerem o mesmo.
Fonte: Editorial do Diário de Marília, SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário