DCI / SP
Atualmente,
as empresas precisam mudar sua cultura para atender a padronização das
novas regras e procedimentos. É o que aponta Sebastião Luiz Gonçalves
dos Santos, conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado
de São Paulo (CRC-SP).
Em sua opinião, assim
como no Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), na adequação da
contabilidade brasileira às padrões internacionais (International
Financial Reporting Standards - IFRS) também há uma série de novas
regras a serem seguidas. Por causa disso, as organizações precisam
investir no nível de transparência e governança corporativa.
O Sped e o IFRS possuem
uma característica em comum que é a unificação das regras para um todo e
obrigam as empresas a se adaptarem à nova realidade fiscal e contábil.
Com o IFRS a padronização das informações ganha destaque para que seja
facilitada a análise das informações sobre a real situação das empresas,
além de chamar a atenção dos investidores.
Santos diz que, para
ajudar nessa etapa, a tecnologia é usada a favor das empresas. Por isso,
os empresários precisam entender sobre estas transformações e se
adequar a elas.
Ele também afirma que
todas essas mudanças vão ao encontro das boas práticas de governança. Um
exemplo, segundo ele, é o detalhamento possibilitado pela adoção do
Sped, já que envolve todos os departamentos da empresa na prestação das
informações contábeis. "No longo prazo, realmente pode haver ganho às
empresas, em função de um melhor mapeamento de todos os processos
contábeis e fiscais", explica.
Santos também observa que
o novo Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont) só existe em
virtude da adoção do IFRS no Brasil, a partir de 2008, que tem como
objetivo padronizar o sistema contábil. Esse descolamento entre a
contabilidade societária e a fiscal é que impõe a necessidade de um
controle contábil fiscal de transição.
Lourival Vieira,
diretor-comercial da Serviços e Tecnologia para Administração e Finanças
(Sispro), segue o mesmo raciocínio e ressalta que a governança
corporativa passa a ser enriquecida. "O amadorismo acaba sendo deixado
para trás a partir do momento em que as empresas são obrigadas a ter um
plano para automatizar seus processos de negócios e de gestões fiscal e
contábil."
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