Galpão do órgão em Marília, SP, está lotado de produtos
apreendidos.
Valor permitido para quem viaja de avião ou de navio é de 500
dólares.
Com a proximidade do fim do ano e da troca de presentes das
festas de Natal muita gente viaja para fora do Brasil para fazer compras. A
Receita Federal de Marília, SP, explicou sobre as cotas que limitam as
mercadorias que podem entrar no país sem pagar impostos. Quem exceder o valor
permitido e quiser fazer tudo dentro da lei pode fazer a declaração e pagar 50%
do valor das mercadorias que foram compradas acima da cota.
Quem vai para o exterior precisa ficar atento ao limite de
compras permitido por lei para não ter problemas com a Receita Federal. Nos
“freeshops” dos navios, por exemplo, a cota é de 500 dólares em mercadorias. O
mesmo valor é estabelecido para quem sai do país de avião. Já quem utiliza as
estradas e viaja para países vizinhos, como Paraguai e Bolívia, a cota de
compras é de 300 dólares. Além disso, o turista tem que se preocupar com a
quantidade de produtos que está colocando na mala.
"É importante que seja bagagem porque muita gente confunde
e traz lá 300 dólares de pares de meia. Na verdade não pode ser para destinação
comercial a bagagem que ele vai trazer. Mas deve ser a bagagem de um viajante
que vai para passear e conhecer um país vizinho", informou o delegado da
Receita Federal, Ivan Malheiros.
No site da Receita Federal é possível encontrar orientações
detalhadas, como o limite máximo de 12 garrafas de bebidas alcóolicas e 10
maços de cigarro. Quem não cumprir a legislação e for pego em uma fiscalização
pode ter a mercadoria apreendida. Só neste ano foram apreendidos mais de R$ 1,5
bilhões em produtos contrabandeados no país.
A dona de casa Diná Batista de Oliveira está planejando uma
viagem ao Paraguai para comprar os presentes de Natal da família. Na lista
estão produtos eletrônicos e brinquedos. E apesar do longo percurso ela acha
que vale à pena. "Por causa da diferença de preço e como a gente tem
muitos presentes, então nós aproveitamos duas ou três vezes no ano para ir
buscar os presentes. Sempre a gente traz dentro da cota até porque meu esposo é
militar e o exemplo vem de casa", disse.
O administrador Rubens Tenório costuma ir ao Paraguai comprar
produtos para revender em Marília. Pela experiência ele sabe exatamente o que
fazer para não ter problemas na hora de passar pelos postos policiais.
"Três máquinas fotográficas, três GPS, três cobertores. Trouxe na cota não
tem problema nenhum. O segredo tá aí”, contou.
Do G1 Bauru e Marília
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